06
mar

Granilite: o revestimento coringa vintage

Considerado na arquitetura como um elemento monolítico, ou seja, uma peça sem demarcações de separação em sua superfície, o granilite é o revestimento que nunca sai de mora. De baixo custo e alta durabilidade, o granilite atravessa os séculos e é considerado um dos revestimentos mais antigos do mundo. Internacionalmente, é mais conhecido como terrazzo, mas no Brasil foi batizado de granilite.

Produzido à base de areia, água e cimento; e acrescido de grânulos de diferentes pedras naturais, como o mármore, o quartzo e o granito, o revestimento pode ser aplicado em todo tipo de superfície, dada a sua versatilidade. O acabamento lembra um visual de concreto com pedrinhas, o que realça um acabamento com bastante originalidade.

Suas principais vantagens são durabilidade, resistência e fácil manutenção. Está presente em pisos, halls e paredes de edifícios e projetos residenciais em todo o mundo. O material tem se tornado tendência por conta de seu estilo e diferentes possibilidades de uso, uma vez que a resistência da mistura de cimento com pedras permite o uso de bancadas a pisos.

Dentre as diversas particularidades do granilite encontra-se a diversidade de cores e texturas que se apresenta. Tal revestimento possui algumas variações de suas composições que podem auxiliar em situações particulares de cada projeto, pois a textura da superfície é um fator que deve ser levado em conta no momento da aplicação de tal elemento.

Existem dois tipos de granilite: o polido (de superfície lisa, brilhante e impermeável) e o fulgê (adotado de uma planície mais áspera com pequenos grãos).  Ao escolher os ambientes que serão revestidos de granilite é importante ter em mente que o acabamento em fulgê não é o ideal para ambientes úmidos como banheiros e cozinhas.

Mais detalhes:

Polido – acabamento que recebe uma camada de resina sobre a mistura de cimento e pedras, dando um acabamento mais liso e com brilho para a superfície. Esse tipo de acabamento é bastante indicado para uso em bancadas, paredes e pisos, mas o ideal é para pisos internos e em áreas que não sejam molhadas, que o polimento pode deixar a superfície lisa.

Fonte: Pinterest

Fulgê: acabamento em que a mistura não recebe nenhuma camada adicional por cima, como resina, assim o acabamento fica poroso e rústico, criando uma espécie de superfície antiderrapante. Esse acabamento mais poroso é bastante indicado para o uso em pisos e área externa, já que é uma opção mais segura e não escorregadia.

Fonte: Pinterest

CURIOSIDADE: A origem do granilite ou terrazzo atravessa gerações e nos faz voltar ao século 15, na Itália renascentista. Na época, os nobres da região de Veneza precisavam de um material resistente e bonito para decorar seus palacetes. Foi então que o mármore ganhou popularidade, aparecendo nos pisos das mais luxuosas residências do período.

Granilite, marmorite e terrazzo – Quais as diferenças?

Granilite: o termo refere-se ao processo que mistura cimento, água, areia e uma variedade de pedras, podendo reunir mármore, quartzo, granito, entre outros pedaços de pedras.

Marmorite: o termo é uma referência ao processo que mistura cimento, água e areia, mas nesse caso, a pedra adicionada é apenas mármore. Ao contrário do granilite, essa mistura não faz um mix de pedras, e sua base é feita apenas com pedaços e pó de mármore.

Terrazzo: o termo de língua estrangeira é apenas outra denominação dada ao granilite, mas o processo é exatamente o mesmo e refere-se ao mix de pedras com cimento. Sendo assim, os termos terrazzo e granilite são referências ao mesmo processo e acabamento.

Gostou desse material tão versátil? Usaria esse tipo de decoração em sua casa ou espaço?

Veja algumas referências para se inspirar!

Fonte: Granilite
Fonte: Ruy Teixeira

Piso Moderno de granilite:

Fonte: Pinterest

Variedades de granilite:

Fonte: FF Design